A tenista Aryna Sabalenka, atual número um do mundo, expressou sua opinião sobre a presença de atletas transgêneros no esporte feminino. Para ela, seria injusto que mulheres enfrentassem "homens biológicos" no tênis profissional.
De acordo com a Política de Participação de Gênero do WTA Tour, mulheres transgênero podem competir se declararem seu gênero como feminino por pelo menos quatro anos, mantiverem níveis de testosterona reduzidos e aceitarem os procedimentos de teste. Essas condições, no entanto, podem ser ajustadas pelo Gerente Médico da WTA, conforme o caso.
Em uma entrevista com Piers Morgan, Sabalenka, que já conquistou quatro títulos de Grand Slam, comentou: "Essa é uma questão complicada. Não tenho nada contra." Ela acrescentou que sente que atletas transgêneros ainda possuem uma vantagem significativa sobre as mulheres, o que considera injusto, já que as mulheres treinam arduamente para alcançar seus limites e depois enfrentam adversários biologicamente mais fortes.
Nick Kyrgios, ex-finalista de Wimbledon, concordou com Sabalenka, afirmando que ela estava certa em sua análise.
Nos últimos anos, não há registros de jogadores transgêneros competindo no tênis profissional. A tenista transgênero Renée Richards competiu no circuito feminino de 1977 a 1981, antes de se tornar treinadora da renomada tenista e defensora dos direitos LGBTQIA+, Martina Navratilova. Navratilova, que venceu 18 títulos de Grand Slam em simples, é uma crítica aberta da inclusão de atletas transgêneros no esporte feminino. Por outro lado, Billie Jean King, vencedora de 12 Grand Slams em simples e da "batalha dos sexos" original em 1973, vê a exclusão de transgêneros como uma forma de discriminação.
A WTA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por email.
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Com informações da Agência Brasil